Resenha- Livro Os bebês de Auschwitz- Wendy Holden

by - setembro 26, 2019


livro nazismo- segunda guerra- judeus-holocausto
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O livro "Os bebês de Auschwitz" narra a história real de Priska, Rachel e Anka, três jovens mulheres  gravidas, que sobreviveram aos horrores dos campos de concentração nazista durante a segunda guerra mundial.

Está gravida, moça bonita? Essa era a pergunta que Josef Mengele, médico que ficou conhecido nos campo de concentração de Auschiwtz, na Polônia, como o "Anjo da Morte", fazia a cada uma das jovens judias que chegavam a seu encontro. Era ele quem decidia que vivia ou quem morria. 
Naquelas circunstancias, estar grávida significava sentença de morte nas câmeras de gás. 

Anka, Rachel e Priska, não se conheciam, mas ao serem questionadas sobre estarem ou não grávidas, preferiram ouvir suas intuições e mentir para Mengele, o que lhes salvou a vida, mas que não garantia que elas sobreviveriam diante de tamanha atrocidade.

Antes da guerra, as três jovens judias tinham uma vida normal. Todas tinham se casado recentemente, e cada uma delas tinha o sonho de construir uma família com seu esposo. Mas, o horror da guerra estraçalhou seus sonhos, assim como os de milhares de outros judeus. 

Forçadas a se irem para Auschiwtz e se separarem de seus familiares, elas não deixaram de acreditar que tudo ficaria bem no final da guerra, e mesmo passados mais de 3 anos nos campos de concentração, enquanto ainda estavam juntas de seus maridos, engravidaram, pois a vida por lá parecia que dava para ir "levando" os poucos, e a guerra aparentemente já estava no fim. 

Mesmo diante de tamanho horror, elas arriscaram, porque poderiam nunca mais ter a chance de trazer seus filhos ao mundo e ter a vida que tanto sonhavam.

Corajosas , elas enfrestaram o medo , a fome, o frio carregando seus filhos no ventre. Tudo andava "bem" mesmo diante daquela situação que em viviam. Mas, algum tempo depois de descobrirem que estavam grávidas, as coisas foram mudando, e ela foram obrigadas a se separarem de seus esposos e foram transferidas para para uma fabrica de trabalhos escravos, onde tiveram que sobreviver a fome, ao frio estremo e as condições precárias de higiene. 

Da fabrica de trabalhos forçados, elas foram novamente transferidas, dessa vez para o campo de concentração de Mauthausen, na Áustria, que era conhecido por ser um campo de extermínio. Quando suas esperanças haviam terminado, no caminho para lá, duas das mulheres, deram a luz a  seus filhos dentro dos vagões de carga, mesmo rodeadas por cadáveres de algumas pessoas que iam falecendo durante o caminho.

Ao chegarem a Mauthausen, ela iriam ser levadas direto para as câmeras de gás e mortas naquele mesmo dia, mas, inexplicavelmente, o gás havia acabado por ali, e o campo de concertação foi liberado pouco depois de sua chegada.

Em 1945, elas foram finalmente libertadas, ficaram de quarentena por alguns dias, pois o estado de saúde dos prisioneiros era critico. Com piolhos, passando fome e com doenças transmissíveis, os sobreviventes tiveram que ser estabilizados e curados antes de poderem voltar para suas casas, ou para o que sobrou delas.

Separadas dos esposos e da família, e contra todas as possibilidades de sobrevivência, essas três mães dão a luz a três bebes que pesavam menos de um quilo e meio, e elas , menos de trinta.

De volta a vida, elas tinham esperança de reencontrar seus esposos e alguns familiares.
Esperança essa que foi se perdendo conforme os dias foram passando e eles não retornavam para casa. Algumas conseguiram reencontrar alguns familiares, outras não tinham mais ninguém.

Os esposos das três jovens jamais voltaram, foram executados ou morreram nos campos de concentração.

Cada uma delas lutou para reconstruir a vida e criar os filhos que haviam nascido nos campos nazistas

Priska, Anka e Rachel, faleceram  muitos anos depois, e os seus filhos os "bebês milagres" se encontrarem para celebram os anos de libração do campo de concentração.
Ali, descobriram um laço que os uniu para sempre. Cada um deles acreditada que era o único bebê nascido e sobrevivido naquelas circunstancias, mas, ao saberem um dos outros, eles se tornaram "irmãos de coração" e daquele dia em diante, mantem contato e estão sempre juntos, como uma família.

Uma história emocionante, triste e real. A autora soube narrar informações detalhadas e trouxe a realidade do horror dos campos de concentração nazistas para o leitor. Emocionante do inicio ao fim. Os Bebês de Auschiwtz é aquele livro que você lê e se impressiona com a realidade vivida pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Uma história que deve ser contada para que nunca mais exista nada parecido com o que houve durante o holocausto.

Um dos livros mais tristes e mais bonitos que eu já li, e que deve ser lido por todos.


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