Por que essa série está fazendo tanto sucesso?

Se você ama romances contemporâneos com cowboys charmosos, dramas familiares e personagens emocionantes, Chestnut Springs é a série que você precisa conhecer. Escrita pela canadense Elsie Silver, essa coleção de livros ambientada no interior do Canadá conquistou leitores ao redor do mundo, e o seu hype no BookTok não é à toa. Prepare-se para conhecer uma série que vai muito além do romance: ela fala sobre pertencimento, cura emocional e laços profundos.

Quem é Elsie Silver?

Elsie Silver é uma autora canadense de romances contemporâneos que rapidamente se destacou no cenário literário internacional. Antes de se tornar escritora em tempo integral, Elsie trabalhou como atriz e escritora freelance. Seu talento para criar personagens com profundidade emocional e enredos que equilibram leveza, sensualidade e temas sensíveis fez com que seus livros viralizassem, principalmente no TikTok literário (o famoso BookTok). Apesar de seus romances seguirem a fórmula do "happy ending", Elsie não tem medo de mergulhar em temas mais densos, como traumas, luto, adoção, transtornos mentais e relações familiares difíceis. Isso dá um ar de autenticidade aos seus livros, que emocionam por irem além da paixão entre os protagonistas.

O universo de Chestnut Springs

Chestnut Springs é uma pequena cidade fictícia situada nas pradarias canadenses, mais especificamente em uma região rural do estado de Alberta. A série gira em torno da família Eaton e de personagens ligados à fazenda Gold Rush Ranch, um local que serve como pano de fundo para todos os livros.

Cada volume traz um casal diferente como protagonista, mas os personagens se cruzam ao longo da série, criando um sentimento acolhedor de comunidade e pertencimento. Mesmo que cada livro possa ser lido de forma independente, a leitura na ordem original traz uma experiência mais rica, pois permite acompanhar a evolução dos personagens secundários e suas histórias entrelaçadas.

Livros da série Chestnut Springs (ordem e sinopses)

1. Flawless (Sem Defeitos)
   Rhett Eaton, um astro do rodeio, se envolve em polêmica e precisa que a filha de seu agente, a determinada Summer Hamilton, cuide de sua imagem pública. Eles são completamente opostos, mas a convivência forçada cria uma tensão deliciosa.
   → Tropas: slow burn, guarda-costas, famoso x civil, família encontrada.
2. Heartless (Sem Coração)
   Cade Eaton, irmão viúvo e pai solteiro, contrata Willa, uma babá nada convencional. O que começa como irritação vira desejo — e amor.
   → Tropas: pai solteiro, grumpy x sunshine, forced proximity, slow burn.
3. Powerless (Sem Controle)
   Jasper Gervais, jogador de hóquei, reencontra Sloane, filha adotiva dos Eaton. Eles embarcam em uma viagem que revela sentimentos adormecidos.
   → Tropas: friends to lovers, road trip, second chance, found family.
4. Reckless (Sem Juízo)
   Theo Gervais se aproxima de Winter Hamilton, que enfrenta uma gravidez inesperada. O apoio vira romance.
   → Tropas: brother's best friend, gravidez não planejada, bad boy com coração mole.
5. Hopeless (Sem Saída)
   Beau Eaton vive um romance profundo com Harriet, uma mulher marcada por um passado doloroso.
   → Tropas: trauma healing, second chances, quiet strength.

Por que ler Chestnut Springs?

Além dos romances apaixonantes, o maior trunfo da série é a profundidade emocional dos personagens. Cada protagonista carrega seus traumas e inseguranças, e os relacionamentos são construídos com paciência, respeito e muito diálogo.

A escrita de Elsie Silver é sensível e envolvente. Ela equilibra cenas sensuais com momentos tocantes, criando um ambiente acolhedor que dá vontade de visitar Chestnut Springs.

Os arcos de superação pessoal tornam a leitura ainda mais impactante. A série não é só entretenimento, ela toca de verdade.

Quem vai gostar da série?

A série Chestnut Springs é perfeita para quem:

• Ama romances com casais que se desenvolvem devagar (slow burn).

• Se encanta por histórias de família, perdão e segundas chances.

• Procura leituras leves, porém com carga emocional significativa.

• Gosta de ambientações rurais, especialmente fazendas e rodeios.

• Quer personagens femininas fortes, engraçadas e cheias de personalidade.

Chestnut Springs é aquele tipo de série que deixa saudade. A cada novo livro, somos convidados a mergulhar mais fundo na vida desses personagens que, apesar de fictícios, parecem reais. Com uma escrita envolvente, personagens carismáticos e temas que tocam o leitor, Elsie Silver entregou uma série que merece todo o hype que recebeu.

Se você ainda não leu, comece por Flawless e prepare-se para embarcar em uma jornada cheia de amor, amadurecimento e cowboys apaixonantes. 

E já aproveita para ler  a resenha de sem defeitos e a resenha de sem coração

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Poucos escritores conseguiram retratar com tanta humanidade, crítica social e domínio narrativo a Inglaterra do século XIX quanto Charles Dickens. Mais do que autor de romances célebres, Dickens foi um verdadeiro cronista de seu tempo, alguém que, com palavras, expôs as feridas de uma sociedade em transformação, marcada por contrastes gritantes entre riqueza e miséria, progresso e exploração.

Vida e trajetória

Charles John Huffam Dickens nasceu em 7 de fevereiro de 1812, em Portsmouth, Inglaterra. Filho de um funcionário público endividado, viveu uma infância marcada por instabilidade financeira. Aos 12 anos, teve de abandonar os estudos e trabalhar em uma fábrica de graxa para ajudar a sustentar a família. Essa experiência o marcou profundamente e mais tarde se tornaria base emocional e temática para muitos de seus romances, nos quais a infância é frequentemente retratada com dor, injustiça e esperança.

Ao longo da vida, Dickens trabalhou como jornalista, editor e conferencista, mas foi na literatura que encontrou sua forma mais poderosa de expressão. Com um estilo ao mesmo tempo crítico e sensível, capturou as contradições da sociedade inglesa com sagacidade e compaixão. Morreu em 9 de junho de 1870, deixando um legado literário e social imenso.

A importância de Charles Dickens para a literatura

Dickens foi o autor mais popular de sua época e continua sendo uma das figuras mais influentes da literatura ocidental. Seu impacto se dá em múltiplas frentes:

• Inovação na forma de publicação: muitos de seus romances foram lançados em capítulos mensais, o que criou uma relação intensa e contínua com os leitores.

• Crítica social poderosa: denunciou as condições degradantes das prisões, das escolas, das fábricas e do sistema judiciário.

• Personagens memoráveis: criou tipos icônicos como Ebenezer Scrooge, Oliver Twist e David Copperfield, que ultrapassaram os limites do papel e viraram arquétipos.

• Humanização da pobreza: deu rosto, história e voz aos invisíveis da sociedade.

• Influência cultural: suas obras moldaram a forma como o mundo pensa sobre Natal, infância, injustiça social e redenção.

Obras adaptadas para o cinema e TV

A força visual e dramática de seus romances sempre atraiu diretores de teatro e cinema. Eis algumas adaptações notáveis:

• "Oliver Twist" (diversas versões, incluindo as de 1948, 2005 e o musical "Oliver!" de 1968)

• "Um Conto de Natal" (milhares de adaptações, como o filme da Disney com Jim Carrey de 2009 e "Os Fantasmas de Scrooge")

• "Grandes Esperanças" (versões de 1946, 1998 e 2012)

• "David Copperfield" (incluindo o filme “A Vida Pessoal de David Copperfield”, de 2019)

• "A Casa Soturna" (minissérie da BBC, 2005)

• "Nicholas Nickleby" (filmes em 1947, 2002 e peças teatrais)

Obras de Charles Dickens em ordem cronológica

1. Os Documentos do Clube Pickwick (1836)

2. Oliver Twist (1837)

3. Nicholas Nickleby (1838)

4. A Loja de Antiguidades (1840)

5. Barnabé Rudge (1841)

6. Martin Chuzzlewit (1843)

7. Um Conto de Natal (1843)

8. As Aventuras do Sr. Pickwick (continuação, 1844)

9. As Campainhas (1844)

10. O Grilo da Lareira (1845)

11. Dombei e Filho (1846)

12. David Copperfield (1849)

13. A Casa Soturna (1852)

14. Tempos Difíceis (1854)

15. A Pequena Dorrit (1855)

16. Contos de Natal (1858)

17. História de Duas Cidades (1859)

18. Grandes Esperanças (1860)

19. Nosso Amigo Comum (1864)

20. O Mistério de Edwin Drood (incompleto, 1870)

Além desses romances, Dickens escreveu contos, peças e artigos jornalísticos. Ele também foi editor da revista Household Words, na qual publicou muitas de suas obras.

Um escritor universal

Ler Dickens hoje é mergulhar em um mundo onde os dilemas sociais e morais continuam incrivelmente atuais. Suas histórias mostram como a literatura pode não apenas entreter, mas transformar — abrindo os olhos de gerações para o que muitas vezes preferimos não ver. Sua sensibilidade diante da dor humana e sua habilidade de narrar com ironia, emoção e ritmo o colocam entre os maiores escritores da história.

Se você busca um autor capaz de unir emoção, crítica social e excelência literária, Charles Dickens é leitura indispensável.

“Um Conto de Natal”: redenção, memória e humanidade na obra-prima de Charles Dickens

“Os Fantasmas de Scrooge” (A Christmas Carol, 2009) (Foto: Walt Disney Pictures)

Publicado em 1843, Um Conto de Natal não é apenas uma das histórias natalinas mais conhecidas do mundo — é, sobretudo, um retrato pungente da transformação humana e um libelo contra a frieza social de uma Inglaterra marcada por desigualdades. Charles Dickens, que sempre teve um olhar atento para os esquecidos pela sociedade vitoriana, encontrou neste conto uma forma de denunciar a miséria e exaltar a compaixão, sem perder o lirismo nem o humor mordaz.

A trama: uma noite, três fantasmas e um homem

A história gira em torno de Ebenezer Scrooge, um velho avarento, rabugento e indiferente ao sofrimento alheio. Ele odeia o Natal, despreza a generosidade e vive obcecado por dinheiro. Na véspera do Natal, é visitado por três fantasmas — o do Natal Passado, o do Natal Presente e o do Natal Futuro — que o conduzem por uma jornada íntima e dolorosa, revelando memórias esquecidas, realidades ignoradas e consequências sombrias de sua conduta.

A narrativa se desenvolve com ritmo envolvente e forte carga emocional. Aos poucos, o leitor descobre que Scrooge não nasceu cruel, mas foi se tornando assim por traumas, perdas e escolhas egoístas. Essa construção sutil do personagem permite que sua redenção, ao final, seja não apenas verossímil, mas também profundamente comovente.

Uma crítica à sociedade vitoriana

Embora seja uma história natalina, o conto é também uma crítica social poderosa. Dickens escreveu a obra em um momento em que a Inglaterra enfrentava os impactos da Revolução Industrial: crescimento urbano acelerado, exploração do trabalho infantil, pobreza extrema e descaso das elites.

Scrooge representa uma classe que ignora deliberadamente o sofrimento dos outros, acreditando que a miséria é culpa individual. O pequeno Tim Cratchit, por sua vez, simboliza a fragilidade da infância abandonada — mas também a esperança de um futuro mais justo, caso haja solidariedade.

Dickens não escreveu esse conto apenas para entreter. Ele queria inspirar mudança. Em vez de tratados políticos, ofereceu uma fábula acessível e emocionalmente potente, que tocava corações e convidava à reflexão.

Com narrativa fluida, toques de humor e diálogos vivos, Um Conto de Natal é uma das obras mais didáticas e agradáveis de Dickens. Os três fantasmas funcionam como dispositivos narrativos eficazes, permitindo que o leitor transite com Scrooge pelo tempo e reflita sobre a vida a partir de diferentes perspectivas.

Há, ainda, o uso marcante da ironia: a figura do velho sovina que se recusa a "gastar boas emoções" na época mais calorosa do ano é tratada com sarcasmo elegante, mas nunca desumano.

 

Legado e adaptações

Um Conto de Natal foi adaptado inúmeras vezes para o teatro, o cinema, a televisão, os quadrinhos e até os musicais. Algumas das versões mais famosas incluem:

• “Os Fantasmas de Scrooge” (Disney, 2009), animação com Jim Carrey.

• “O Conto de Natal dos Muppets” (1992), misturando humor e emoção.

• “Scrooged” (1988), uma versão moderna estrelada por Bill Murray.

• Minisséries da BBC, com atmosferas mais sombrias e realistas.

Cada nova releitura reforça a atemporalidade do conto: mesmo passados quase dois séculos, suas mensagens continuam urgentes — generosidade, empatia, memória, responsabilidade social.

Um dos grandes méritos de Um Conto de Natal está na forma como Dickens apresenta a redenção. Não como milagre, mas como decisão. Scrooge, ao encarar o peso de suas escolhas e a dor que provocou, opta por mudar. E essa mudança é ativa, concreta: ele ajuda os necessitados, valoriza os afetos, ri, dança, oferece calor humano.

Dickens nos lembra que sempre há tempo para se tornar alguém melhor — desde que se esteja disposto a olhar para trás, sentir o presente e imaginar um futuro diferente.

Por que ainda lemos Um Conto de Natal?

Porque a história fala com algo essencial em nós. Num mundo cada vez mais acelerado, onde muitas vezes esquecemos de enxergar o outro, esse conto nos desacelera e nos convida à escuta, ao afeto, ao cuidado. Nos lembra que o Natal, mais do que uma data, é uma chance simbólica de recomeço.

E nos mostra que até o coração mais endurecido pode aprender a amar — se for tocado pelas lembranças certas.

Liev Nikoláievitch Tolstói (1828–1910) é, sem dúvida, um dos maiores escritores da literatura mundial. Sua obra transcende o tempo, refletindo profundas questões existenciais, sociais e morais que continuam atuais. Conhecido principalmente por romances como Guerra e Paz e Anna Kariênina, Tolstói marcou a literatura russa e universal com sua complexidade narrativa e profundidade filosófica. Nesta postagem, vamos explorar a vida de Tolstói, seu legado literário e oferecer um guia de leitura para você se aprofundar em sua obra.

Vida de Liev Tolstói: Do Nobre à Consciência Social

Tolstói nasceu em 9 de setembro de 1828, em uma família aristocrática russa na propriedade de Yasnaya Polyana, a cerca de 200 km de Moscou. Sua infância foi marcada por perdas precoces, seus pais morreram quando ele ainda era jovem , o que influenciou seu olhar sobre a vida e a morte.

Após tentar estudar Direito e Línguas Orientais na Universidade de Kazan, Tolstói abandonou a carreira acadêmica para viver a vida da nobreza rural e, posteriormente, se envolver como soldado na Guerra da Crimeia. Essa experiência militar seria essencial para a construção do realismo e do panorama histórico em Guerra e Paz.

Tolstói também passou por uma profunda transformação espiritual e filosófica ao longo da vida. No final do século XIX, rejeitou muitos dos privilégios da nobreza e as práticas religiosas tradicionais da Igreja Ortodoxa Russa, adotando um estilo de vida mais simples e austero. Tornou-se um pacifista fervoroso e crítico das instituições políticas e religiosas, chegando a influenciar líderes como Gandhi e Martin Luther King Jr.

Obra Literária: Um Universo de Humanidade e Contradições

Tolstói escreveu romances, contos, peças de teatro e ensaios filosóficos e religiosos. Entre suas obras, destacam-se:

1. Guerra e Paz (1865–1869)

Considerado um dos maiores romances já escritos, narra a invasão napoleônica à Rússia, entrelaçando a história de grandes batalhas com a vida íntima e emocional de famílias aristocráticas russas. Tolstói não só relata eventos históricos, mas também investiga temas como o destino, a liberdade humana e o sentido da vida.

2. Anna Kariênina (1873–1877)

Este romance explora o drama pessoal e social da personagem-título, uma mulher que vive um amor proibido que desafia as convenções sociais da Rússia do século XIX. Além da trama amorosa, Tolstói aborda questões sobre a moralidade, o casamento, a felicidade e o papel da mulher na sociedade.

3. Contos e Novelas

Tolstói também escreveu diversas histórias curtas, como A Morte de Ivan Ilitch (1886), uma reflexão intensa sobre a mortalidade e a superficialidade da vida burguesa, e Infância, que aborda memórias e sentimentos da juventude.

4. Obras Filosófico-Religiosas

Em seu último período, Tolstói escreveu textos como O Reino de Deus Está em Vós, onde expõe suas ideias sobre a não-violência, o cristianismo primitivo e a crítica às igrejas institucionalizadas.

Guia de Leitura: Por Onde Começar e Como Aproveitar Tolstói

A obra de Tolstói é rica e densa, mas com algumas orientações você pode tornar a leitura mais proveitosa e prazerosa.

1. Comece pelos Contos

Se você ainda não está familiarizado com o estilo de Tolstói, os contos são uma excelente porta de entrada. Histórias como A Morte de Ivan Ilitch ou O Canto do Cisne são curtas, intensas e revelam muito da filosofia tolstoiana.

2. Avance para Anna Kariênina

Este romance é mais acessível que Guerra e Paz, mas não menos profundo. Ele oferece uma análise brilhante das relações humanas e da sociedade. Além disso, sua narrativa é envolvente, com personagens complexos que provocam empatia e reflexão.

3. Encare Guerra e Paz

Reconhecido por sua grandiosidade, Guerra e Paz exige mais tempo e atenção. Para facilitar, busque edições com notas explicativas e leia em capítulos, absorvendo a riqueza histórica e filosófica aos poucos.

4. Explore os Textos Filosóficos

Depois de se familiarizar com os romances, leia os ensaios e textos filosóficos para entender a visão de mundo que Tolstói desenvolveu em sua maturidade, principalmente sobre ética, religião e pacifismo.

Dicas para Aprofundar a Leitura

• Contextualize historicamente: Pesquise sobre a Rússia do século XIX para entender melhor o cenário social, político e cultural das obras.

• Use edições comentadas: Elas trazem notas que explicam referências culturais, históricas e linguísticas.

• Participe de grupos de leitura: Compartilhar interpretações enriquece a experiência.

• Assista a adaptações: Filmes e séries podem ajudar a visualizar personagens e ambientação, mas lembre-se de que a obra literária é sempre mais rica.

Por Que Ler Tolstói Hoje?

Tolstói continua relevante porque aborda dilemas universais: o sentido da vida, a luta entre o indivíduo e a sociedade, o amor, a morte, a justiça e a busca por uma vida ética. Seus personagens são humanos demais para serem esquecidos, e suas histórias permanecem atuais, desafiando o leitor a refletir sobre si mesmo e o mundo.

Se você busca literatura que une arte, filosofia e história, Tolstói é um convite irrecusável para essa viagem.

🖋️ Obras de Liev Tolstói em Ordem Cronológica
📚 Década de 1850 — Início da carreira

Romances históricos são obras de ficção que se passam em um período histórico específico, geralmente recriando eventos, lugares e personagens reais da época. Eles mesclam elementos históricos com tramas ficcionais, oferecendo aos leitores uma imersão no passado e uma visão imaginativa de como era a vida em diferentes períodos da história.

👉🏻 E como eu sou apaixonada por romances históricos, separei nessa postagem dicas de alguns que eu li e amei.

A GAROTA ALEMà

A história aborda duas grandes tragédias: a segunda guerra mundial e os ataques as torres gêmeas em 11 de Setembro. As duas histórias se entrelaçam de uma maneira bem interessante. É um livro que expressa as alegrias e as angústias de gerações de refugiados e também uma homenagem para aqueles que enfrentaram os grandes horrores do holocausto durante a segunda guerra mundial. 

JARDIM DE INFERNO

Nessa história podemos connhecer um pouco do que aconteceu na Rússia Czarista nos tempos da Segunda Guerra Mundial. É um livro com uma contexto histórico que nos mostra como a guerra foi capaz de destruir vidas, não só através das mortes, mas de todas as formas mais cruéis que podemos imaginar. 

A LUZ NA ESCURIDÃO 

Baseado na história real de Stefania Podgórska,  A luz na escuridão conta a história de uma jovem polonesa que escolheu esconder treze judeus em seu sótão durante a segunda guerra mundial e ajudar a salvar vidas ameaçadas pela guerra.

FIQUE ONDE ESTÁ E ENTÃO CORRA

Ambientado durante a Primeira Guerra Mundial , ele conta a história de Alfie, um garoto de nove anos que vive em Londres com sua mãe. Quando seu pai é convocado para lutar na guerra, Alfie descobre segredos sombrios sobre sua família e embarca em uma jornada para encontrar o pai e desvendar mistérios do passado. 

O PALÁCIO DE INFERNO 

O livro é ambientado na Russia as vésperas da revolução russa. Ele conta a história de Geórgui Jachmenev, um rapaz que, após ter impedido um ataque contra o irmão do Czar Nicolau II, é escolhido para ser o guarda costas oficial de seu filho, o próximo czar, Alexei Romanov que, devido alguns problemas de saúde, precisa de supervisão grande parte do tempo

Você adora um romance, mas não sabe identificar em qual tipo de narrativa ele se encaixa ?

E se você gosta bastante de ler, já deve ter ouvido falar sobre algumas elas por ai..

Então, vamos entender o que são as famosas "tropes literarias".

"Tropes literárias" são temas, ou elementos comuns encontrados nas histórias. Eles podem ser caracterizações de personagens, enredos, cenários, diálogos ou formas de narração que são frequentemente utilizados em diversas obras literárias.

Esses tropes muitas vezes se tornam familiares aos leitores e são usados pelos autores como ferramentas para contar histórias, criar expectativas ou transmitir ideias. Embora possam ser clichês ou estereótipos, quando usados de forma criativa e inovadora, as tropes literários podem adicionar profundidade e interesse a sua histórias. Além disso, podemos encontrar mais de uma delas em cada história.

Conheça as tropes mais comuns :

ENEMIES TO LOVERS

Enemies to Lovers são aqueles romances onde o casal é inimigo, mas que depois de um tempo passam a se amar. Geralmente eles se odeiam, tem algo entre eles que os colocam como inimigos, podendo ser uma guerra, uma diferença política ou um problema social.

"Enemies to lovers" é um trope literário que descreve a transição de um relacionamento inicialmente hostil ou de inimizade para um romance entre os personagens principais. Neste trope, os protagonistas começam como adversários, rivais ou até mesmo inimigos declarados, mas ao longo da história, seus sentimentos se transformam em amor romântico.

Esse tipo de enredo geralmente apresenta uma dinâmica de conflito inicial, onde os personagens principais podem ter opiniões divergentes, objetivos conflitantes, ou terem sido colocados em lados opostos de uma situação. Suas interações podem ser marcadas por brigas, discussões acaloradas, sarcasmo ou desdém mútuo.

No entanto, à medida que a narrativa avança, os personagens começam a desenvolver uma compreensão mais profunda um do outro, muitas vezes através de momentos de vulnerabilidade, cooperação forçada ou descoberta de qualidades redentoras. Esse processo de transformação gradual leva a uma mudança nos sentimentos dos personagens, eventualmente levando-os a reconhecer e admitir seu amor um pelo outro.

O "enemies to lovers" é um trope popular em uma variedade de gêneros literários, incluindo romance contemporâneo, romance de época, ficção jovem adulta, entre outros. Ele oferece uma oportunidade para explorar temas como redenção, perdão, compreensão mútua e a capacidade de superar diferenças para encontrar um amor verdadeiro.

Veja exemplo de livros  enemies to lovers :

UMA FARSA DE AMOR NA ESPANHA

Calina é espanhola, mas trabalha como engenheira em NY. Com o casamento da irmã se aproximando,  ela precisa de um acompanhante para não ir sozinha ao casamento, pois, o irmão do noivo é nada menos do que o seu ex. Sentindo-se incomoda com a situação,  ela inventa uma mentirinha sobre ter um namorado nos EUA. Agora, com a data do casamento da irmã se aproximando,  ela tem apenas um mês para encontrar alguém. Aaron, seu colega de trabalho, se candidada para a vaga de namorado falso, mas, apesar dele ser lindo, é também extremamente insuportável. Porém, com a data do casamento se aproximando, e sem saber o que fazer, eles se perguntam se serão capazes de conseguir manter a farsa por um final de semana. Lina começa a perceber que , talvez, ele não seja tão insuportável o quanto é no trabalho.

Uma farsa de amor na Espanha é um clichê gostinho e divertido, capaz de te tirar da resaca literária. Apesar do início da história não ser tão envolvente,  a narrativa consegue se desenvolver de forma positiva e nos apresenta um casal cheio de química em um fake dating impossível de largar

🎬 Eu achei super legal as referências que o livro traz a Friends, Crepúsculo e Gossip Girls, nos fazendo relembrar dessas séries e filmes tão incríveis que amamos. Não é um romance com muitas novidades, nada de extraordinário, mas sim, uma clássica comédia romântica com todos os clichês necessários para envolver os amantes do romance.

GRUMPY X SUNSHINE

Grumpy X Sunshine é um clichê literário que traz na história um casal com personalidades diferentes: enquanto um é simpático e bem humorado, o outro é ranzinza e rabugento. Ele descreve casais com personalidades opostas e complementares. 

O "Grumpy" ( ranzinza em inglês) representa alguém mal-humorado, carrancudo, reservado ou cínico, enquanto o "Sunshine" ( raio de sol em inglês) é alguém otimista, alegre, extrovertido e geralmente cheio de energia positiva.

Nesse tipo de história, os personagens principais nos envolvem em e suas diferenças de personalidades e criam conflitos e oportunidades para crescimento e desenvolvimento de ambos. O "Grumpy" pode resistir ao charme do "Sunshine", achando sua natureza extrovertida irritante ou perturbadora. Por outro lado, o "Sunshine" pode se sentir desafiado a quebrar as defesas do "Grumpy" e descobrir o que está por trás de sua fachada séria.

À medida que a história avança, os personagens podem aprender a apreciar e valorizar as qualidades um do outro, encontrando um equilíbrio entre suas diferenças e formando um vínculo mais profundo e significativo. O trope "Grumpy x Sunshine" é frequentemente usado em romances e outros gêneros literários para criar tensão, química e interesse entre os personagens principais.

Veja alguns exemplos de histórias com Grumpy x Sunshine :

A HIPÓTESE DO AMOR

Em " A hipótese do amor" acompanhamos a história de Olive, uma estudante de doutorado em Biologia da Universidade de Oxford, que ao perceber que sua amiga está afim de Jeremy, o carinha do qual ela mesma está saindo, resolve bancar o cupido e juntar o novo casal. Com o intuito de provar a amiga que ela não está mais a fim de Jeremy, Olive resolve beijar o primeiro cara que aparece na sua frente para que dessa forma a amiga pense que ela está namorando outra pessoa. É então que conhecemos Adam Carlsen, um professor que aceita a proposta de Olive para viver um fake dating ( namoro de mentirinha).

Aqui temos um trama clichê, sem grandes novidades e algo totalmente fácil de ser encontrado em livros de romance. Uma receita pronta. 

Sobretudo, é um bom passatempo para o público mais jovem, que irá curtir uma história leve e "engraçadinha " capaz de tirar o leitor da ressaca literária.

Eu li esse livro pelo Hype, pois quis entender o que havia de tão interessante nessa história que explodiu no tiktok, mas não foi uma história que surpreendeu em momento algum e honestamente eu me senti muito incômodada com as atitudes infantis dos personagens, já que aqui estamos acompanhamos estudantes e professores universitários. 

Porém , se você gosta de uma comédia romantica e de um bom clichê, provavelmente irá favoritar essa história que pode ser capaz de te deixar com o coração quentinho .

O livro é uma fanfic de um romance entre dois personagens de Star Wars. 

Não deixe de conferir.

AS COISAS QUE NUNCA SUPERAMOS

Lançado no Brasil em janeiro de 2023, " As coisas que nunca superamos", romance de Lucy Score que virou sucesso no tiktok, é uma história que fala sobre conflitos familiares, coragem e amor.  Ele nos conta a história de duas gêmeas completamente opostas: Naomi é o lado bom da família, já Tina, é totalmente o seu oposto. Elas são as típicas gêmeas que carregam problemas quando chegam aos lugares.

Naomi acaba de fugir de seu casamento e vai ao encontro de sua irmã, Tina, para que possa ajuda-la nos apuros dos quais ela se meteu. Mas apesar se serem gêmeas,  as duas tem a personalidades totalmente diferentes: enquanto Naomi é boazinha, Tina é a irmã "odiada" por todos. Quando Naomi chega na cidade onde a irmã mora, descobre que ela deixou pra trás uma filha de 11 anos, da qual Naomi precisará ser a tutora legal. Enquanto Naomi tenta resolver os problemas causados pela irmã, ela conhece Knox, um cara rabugento e completamente diferente dela.

🌷 Aqui temos uma história importante de coragem e recomeços que fala sobre a importância de escolher o amor em vez do medo, repetidas vezes, além de mostrar o qual importante é escolher a familia antes de qualquer pessoa.

👉🏻 Além disso, temos aqui um casal grumpy X sunshine,  capaz de nos envolver completamente nesse romance. É uma história envolvente, capaz de deixar o leitor imersivo nas páginas, porém, em alguns momentos a história acaba perdendo um pouco a graça e ficando intediante por começar a se tornar um pouco repetida. Mas lembre-se que isso é uma opinião particular.  Você pode ler e ter outra visão da história.

FRIENDS TO LOVERS

Friends to lovers é um romance que acontece entre amigos, seja porque viraram amigos depois , ou amigos de infância que se acabam se apaixonando . Ele  descreve a transição de uma amizade platônica para um romance entre os personagens principais. Neste trope, os protagonistas começam como amigos próximos, compartilhando uma conexão emocional forte e confiança mútua, mas ao longo da história, seus sentimentos evoluem para um relacionamento romântico.

No início da narrativa, os personagens muitas vezes não consideram a possibilidade de se envolverem de forma romântica, pois valorizam sua amizade e têm medo de arriscar perder esse vínculo especial. No entanto, à medida que a história avança, eventos ou circunstâncias específicas podem desencadear uma mudança nos sentimentos dos personagens, fazendo com que percebam que sua conexão vai além da amizade.

Essa transição de amigos para amantes geralmente é marcada por momentos de tensão, confusão e autodescoberta para os personagens. Eles podem lutar contra seus sentimentos iniciais, tentando negar ou reprimir o que estão experimentando, antes de finalmente aceitar e explorar sua atração romântica um pelo outro. O trope "Friends to Lovers" é popular em uma variedade de gêneros literários, incluindo romance contemporâneo, romance jovem adulto, romance de época, entre outros. 

Confira dicas de romances friends to lovers:

FAKE DATING

Fake Dating nada mais é do que o famoso “namoro de mentirinha”. Aquele que acontece quando um ou os dois personagens se vêem em uma situação complicada, do qual a melhor saída é, fingir estarem namorando, descreve uma situação em que os protagonistas fingem estar em um relacionamento romântico, quando na verdade não estão. Neste trope, os personagens concordam em fingir um romance por várias razões, como para evitar pressão social, enganar amigos ou familiares, ou alcançar um objetivo específico.

Geralmente, os personagens principais entram nesse acordo de "fake dating" com uma compreensão mútua de que é apenas uma farsa temporária e que não há sentimentos românticos genuínos envolvidos. No entanto, à medida que a narrativa avança, os sentimentos dos personagens podem começar a mudar à medida que eles passam mais tempo juntos e compartilham experiências significativas.

Esse trope é frequentemente usado como fonte de conflito e tensão romântica na história, já que os personagens podem lutar contra seus sentimentos crescentes, ao mesmo tempo em que tentam manter a farsa para o mundo exterior. O "fake dating" também pode levar a momentos de comédia, mal-entendidos e situações embaraçosas à medida que os personagens tentam convencer os outros de que seu relacionamento é real.

Ao longo da narrativa, os personagens podem eventualmente confrontar a verdade sobre seus sentimentos e decidir se desejam transformar seu relacionamento falso em algo genuíno e duradouro. O trope "fake dating" é popular em uma variedade de gêneros literários, incluindo romance contemporâneo, comédia romântica e jovem adulto, e oferece uma oportunidade para explorar temas como autenticidade, vulnerabilidade e a natureza do amor verdadeiro.

Confira algumas indicações de fake dating :

SLOW BURN

Slow Burn é aquele romance que não acontece de uma hora para outra, mas sim, é construído no decorrer da história, de forma mais lenta, bem diferente da maioria dos romances que acontece de forma rápida, ou das paixões avassaladoras, o "slow burn" enfatiza a construção lenta e emocional entre os personagens. 

Esse tipo de história pode ser bastante envolvente para os leitores, pois permite um desenvolvimento mais profundo dos personagens e de seu relacionamento.  O "slow burn" é bastante comum em uma variedade de gêneros literários, incluindo romance contemporâneo, romance histórico, ficção jovem adulta e muitos outros. É um trope popular para criar tensão emocional e satisfatória entre os protagonistas, mantendo os leitores envolvidos  na história até o final.

Vamos falar sobre "Os Bridgertons", uma série de televisão e de livros que conquistou corações ao redor do mundo, como uma bela sinfonia que embala a alma.

No centro dessa história, está uma família tão grande quanto cheia de corações generosos: os Bridgertons. Criados pela mente brilhante da autora Julia Quinn, os livros nos levam de volta ao início do século XIX, à alta sociedade londrina, onde os salões de baile eram palcos de encontros, intrigas e, claro, romances. E que romances!

A adaptação para a televisão, produzida por Shonda Rhimes e transmitida pela Netflix, capturou o espírito dos livros e o trouxe para as telas de uma forma vívida e exuberante. Mas antes de mergulharmos na série, vamos conhecer um pouco mais sobre a obra original que deu vida a tudo isso.

Os Livros: Uma Família, Oito Irmãos, Oito Histórias de Amor

Julia Quinn nos presenteia com uma série de livros, cada um centrado em um dos irmãos Bridgerton, em sua busca por amor e felicidade. Cada volume é uma jornana repleta de diálogos espirituosos, personagens marcantes e situações que fazem o coração acelerar. Vamos conhecer esses protagonistas tão cativantes:

1. O Duque e Eu (Daphne Bridgerton e Simon Basset) O primeiro livro nos apresenta a jovem Daphne, uma mulher inteligente e cheia de vida, que se encontra em uma aliança inesperada com o misterioso Duque de Hastings. O que começa como um acordo para enganar a sociedade rapidamente se transforma em uma intensa história de amor.

2. O Visconde Que Me Amava (Anthony Bridgerton e Kate Sheffield) Anthony, o irmão mais velho, carrega o peso das responsabilidades da família. Quando decide finalmente se casar, encontra em Kate uma mulher que é tudo o que ele não esperava... e tudo o que ele precisava.

3. Um Perfeito Cavalheiro (Benedict Bridgerton e Sophie Beckett) Uma história digna de contos de fadas, onde Benedict, o sonhador da família, se apaixona por uma misteriosa jovem que ele conhece em um baile de máscaras.

4. Os Segredos de Colin Bridgerton (Colin Bridgerton e Penelope Featherington)  Amizades de longa data podem se tornar algo mais? Colin e Penelope descobrem que o amor verdadeiro, muitas vezes, está ao lado o tempo todo.

5. Para Sir Phillip, Com Amor (Eloise Bridgerton e Sir Phillip Crane) Eloise é uma mulher independente e de espírito livre. Ao trocar cartas com Sir Phillip, ela embarca em uma jornada inesperada de autodescoberta e carinho.

6. O Conde Enfeitiçado (Francesca Bridgerton e Michael Stirling) Uma história de amor e perda, onde Francesca deve encontrar um novo caminho para a felicidade após um passado doloroso.

7. Um Beijo Inesquecível (Hyacinth Bridgerton e Gareth St. Clair) Hyacinth é a mais espirituosa dos Bridgertons. Ao conhecer Gareth, eles embarcam em uma caça ao tesouro cheia de mistérios e provocações.

8. A Caminho do Altar (Gregory Bridgerton e Lucinda Abernathy) Gregory sempre acreditou no amor à primeira vista, mas descobrirá que o caminho para o altar é cheio de surpresas e desafios.

Cada livro é uma peça de um quebra-cabeça maior, mostrando não apenas o romance entre os casais, mas o amor e a união que sustentam toda a família Bridgerton. O sucesso dos livros não demorou a chamar a atenção do mundo do entretenimento, levando à criação da série de televisão que encantou milhões de espectadores.

A Série de Televisão: O Brilho da Alta Sociedade no Século XXI

A série "Bridgerton", lançada em 2020 na Netflix, rapidamente se tornou um fenômeno cultural. Com produção e direção primorosa, a série trouxe uma nova vida aos romances de Julia Quinn, capturando a essência da alta sociedade regencial com um toque moderno e inclusivo. 

O que torna a série tão especial?

Visual deslumbrante: Cada episódio é uma festa para os olhos. Desde os vestidos exuberantes até os salões de baile luxuosos, tudo é feito para que o espectador se sinta transportado para a Londres do século XIX.

Trilha sonora cativante: As versões orquestradas de músicas pop contemporâneas são uma surpresa deliciosa e criam um contraste interessante com a ambientação clássica.

Diversidade e inclusão: A série atualiza o cenário histórico com uma abordagem moderna, incluindo personagens de diferentes etnias e backgrounds, mostrando que o amor e o drama não conhecem fronteiras.

A adaptação foi fiel ao espírito dos livros, mas também trouxe novos elementos, como a presença enigmática de **Lady Whistledown**, uma espécie de "gossip girl" regencial, que narra e acompanha os acontecimentos da alta sociedade com uma boa dose de sarcasmo e mistério.

Por Que Amamos Os Bridgertons?

No fundo, o que faz "Os Bridgertons" ser tão amado é o fato de que, apesar de todos os bailes, intrigas e glamour, é uma história sobre família, aceitação e crescimento. A série e os livros exploram a pressão de se adequar às expectativas da sociedade, o peso das responsabilidades familiares e, acima de tudo, o desejo humano por amor e conexão verdadeira.

O carinho entre os irmãos, o apoio nos momentos difíceis, e as brincadeiras que só existem entre quem cresceu junto, fazem de cada capítulo uma celebração da vida em família. Cada personagem é imperfeito, cheio de nuances e fraquezas, o que os torna humanos e próximos de nós, leitores e espectadores.

Quer você leia os livros ou assista à série, "Os Bridgertons" é um convite a sonhar, rir e até chorar. É uma oportunidade de se perder em histórias que aquecem o coração, de se apaixonar por personagens que parecem amigos antigos e de mergulhar em um universo onde o amor sempre encontra um jeito de vencer.

Então, se você ainda não conhece os Bridgertons, prepare seu chá, arrume-se confortavelmente no sofá e deixe-se levar por essa jornada literária e televisiva que promete te fazer suspirar e sorrir.

Mergulhar na vida de Agatha Christie é como explorar um enigma fascinante, um mistério que ainda respira! Vamos viajar juntos pela trajetória de uma das escritoras mais celebradas de todos os tempos, descobrindo suas inspirações, sucessos e a  lista de suas criações. 

Agatha Mary Clarissa Miller, conhecida mundialmente como Agatha Christie, nasceu no dia 15 de setembro de 1890, em Torquay, na Inglaterra. Criada em uma família abastada, ela teve uma infância privilegiada e tranquila, algo pouco comum para mulheres da época. Desde pequena, Agatha era incentivada a usar sua imaginação. Sua mãe, Clara, acreditava que Agatha deveria aprender a ler por conta própria, e assim a menina mergulhou no mundo dos livros quase como um segredo pessoal. Esse desejo pelo desconhecido, combinado com uma paixão por aventuras, a acompanharia pela vida inteira.

Agatha começou a escrever ainda jovem, mas sua primeira tentativa de publicação não teve sucesso. Em 1914, com o advento da Primeira Guerra Mundial, ela se tornou enfermeira voluntária e trabalhou em um hospital. Foi durante esse período que ela se familiarizou com venenos e substâncias tóxicas – conhecimento que mais tarde usaria com maestria em suas histórias de assassinatos e mistérios. 

Seu primeiro livro, O Misterioso Caso de Styles, foi publicado em 1920 e introduziu o mundo ao famoso detetive belga Hercule Poirot. A princípio, o público não reagiu com tanto entusiasmo, mas Agatha persistiu, ajustando seu estilo e aprimorando suas tramas até alcançar o sucesso avassalador.

Um Escândalo Pessoal e o Misterioso Desaparecimento de 1926

Em 1926, um mistério real abalou a vida de Agatha. Seu primeiro marido, Archibald Christie, pediu o divórcio, revelando que estava apaixonado por outra mulher. Nesse mesmo ano, Agatha desapareceu misteriosamente por onze dias. Ela foi encontrada em um hotel sob um nome falso, e até hoje o motivo exato do desaparecimento não é completamente claro. Esse episódio pessoal foi coberto pela imprensa e gerou muita curiosidade, adicionando um toque de mistério à própria vida da escritora.

Após o divórcio, Agatha viajou para o Oriente Médio, onde conheceu o arqueólogo Max Mallowan, com quem se casaria. Sua vida com Max a levou a explorar novas culturas e paisagens, e isso ficou claro em livros como Morte no Nilo, que apresentava descrições ricas e detalhadas dos locais que visitara. 

Os Protagonistas de Suas Obras: Hercule Poirot e Miss Marple

Agatha foi mestre em criar personagens cativantes, mas seus maiores triunfos literários foram Hercule Poirot e Miss Marple. 

Poirot, o excêntrico detetive belga de bigode impecável, fez sua estreia em O Misterioso Caso de Styles e se tornou uma das figuras mais icônicas do gênero policial. Ele aparece em 33 romances e mais de 50 contos, onde aplica seu método investigativo com precisão. Com o tempo, Agatha chegou a confessar que se cansou de Poirot, mas o público não podia se separar dele.

Já Miss Marple, uma doce e perspicaz senhorinha de uma pequena vila inglesa, trouxe uma visão única ao mundo do crime e do mistério. Estreando em O Assassinato na Casa do Pastor, Miss Marple resolvia casos com uma lógica intuitiva e observações da vida cotidiana. A personagem não era detetive profissional, mas sua percepção afiada fazia dela uma “observadora implacável” da natureza humana.

As Obras Mais Icônicas de Agatha Christie

Ao longo de sua carreira, Agatha escreveu mais de 80 livros, incluindo romances, contos e peças de teatro. Dentre suas obras mais célebres estão *Assassinato no Expresso do Oriente* e *E Não Sobrou Nenhum*. Estas duas obras, em particular, demonstram o gênio de Agatha em criar cenários fechados onde cada personagem é suspeito e o final é surpreendente. 

Em Assassinato no Expresso do Oriente, Hercule Poirot enfrenta um dos casos mais complexos de sua carreira, enquanto investiga um assassinato em um trem em movimento, onde cada passageiro possui um motivo oculto. Já em *E Não Sobrou Nenhum*, Agatha desafia o leitor ao explorar a essência do suspense: dez pessoas isoladas em uma ilha, cada uma sendo misteriosamente assassinada, até que não reste ninguém. 

Legado e Reconhecimento

Agatha Christie foi consagrada como a “Rainha do Crime” e é considerada a escritora de romances policiais mais vendida de todos os tempos, com mais de dois bilhões de cópias vendidas. Suas obras foram traduzidas para mais de 100 idiomas, e E Não Sobrou Nenhum detém o título de livro de mistério mais vendido da história. Além disso, Agatha é a autora da peça mais longa em cartaz na história: A Ratoeira, que estreou em 1952 e continua sendo encenada até hoje em Londres.

A influência de Agatha Christie no gênero de mistério é imensurável. Suas técnicas de suspense, criação de cenários claustrofóbicos e personagens complexos se tornaram referências e moldaram o estilo de muitos autores que vieram depois dela. 

Lista Completa dos Livros de Agatha Christie por Ordem de Lançamento

Anos 1920

1. O Misterioso Caso de Styles (1920)

2. O Inimigo Secreto (1922)

3. O Homem do Terno Marrom (1924)

4. O Segredo de Chimneys (1925)

5. O Assassinato de Roger Ackroyd (1926)

6. Os Quatro Grandes (1927)

7. O Mistério do Trem Azul (1928)

8. O Mistério dos Sete Relógios (1929)

Anos 1930

9. Assassinato na Casa do Pastor (1930)

10. O Mistério de Sittaford (1931)

11. Parker Pyne Investiga (1934)

12. Assassinato no Expresso do Oriente (1934)

13. Morte nas Nuvens (1935)

14. Os Crimes ABC (1936)

15. Morte no Nilo (1937)

16. Um Brinde de Cianureto (1939)

Anos 1940

17. Um Corpo na Biblioteca (1942)

18. Cai o Pano (1944)

19. Destino Desconhecido (1945)

20. A Morte da Sra. McGinty (1947)

21. A Casa do Penhasco (1949)

Anos 1950

22. Morte na Praia (1950)

23. Um Passe de Mágica (1952)

24. Depois do Funeral (1953)

25. O Cavalo Amarelo (1959)

Anos 1960

26. A Noite das Bruxas (1969)

Anos 1970

27. Um Crime Adormecido (1976)

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