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Publicado pela primeira vez em 1962, A Maldição do Espelho nos leva ao vilarejo de St. Mary Mead, onde Miss Marple, a idosa e arguta detetive amadora, é convidada a investigar um misterioso assassinato.

Parceria : LP&M Editores

Esse livro da inicio a leitura da década de 60 do dedafio Read Christie 2024.

O romance começa quando a famosa atriz Marina Gregg decide se mudar para uma mansão na tranquila aldeia de St. Mary Mead, atraindo a atenção e curiosidade dos moradores locais. Durante uma festa de caridade organizada por Marina, ocorre um incidente fatal: Heather Badcock, uma fã entusiasta da atriz, morre após beber um coquetel destinado a Marina. Heather aparentemente era uma vítima aleatória, mas a pista mais intrigante é o olhar de pavor que Marina exibe segundos antes do incidente, sugerindo que a intenção do assassino era outra.

À medida que a investigação se desenrola, Miss Marple mostra mais uma vez sua genialidade. A grande sacada da rainha do crime, Agatha Christie, está em oferecer indícios e pistas de forma aparentemente desconexa, mas que, em um momento de insight, são conectadas pela detetive. Com sua aparência frágil e simpática senhora, Miss Marple leva os suspeitos a baixarem a guarda, permitindo-lhe explorar suas verdadeiras intenções.

Agatha Christie se destaca ao criar personagens bem trabalhados, cada um com uma camada de mistério. A própria Marina Gregg é especialmente interessante, com uma mistura de glamour e fragilidade. A narrativa explora o suspense de maneira gradual, levando o leitor a desconfiar de todos à medida que os segredos são revelados.

Miss Marple, mesmo com sua idade avançada e modos gentis, é perspicaz e intelectualmente ágil. Ela representa o oposto da imagem do detetive clássico, o que torna a investigação ainda mais fascinante.

A narrativa é mais pausada do que outros romances de Christie, o que pode frustrar leitores acostumados com enredos mais dinâmicos. A autora dá grande atenção às observações de Miss Marple sobre os habitantes da vila e à introspecção dos personagens, o que pode desacelerar o ritmo da investigação.

Comparado a outros livros da autora, este romance enfatiza muito mais as complexidades psicológicas, com um enredo menos centrado em pistas objetivas. Para alguns leitores, isso pode ser um ponto positivo, mas outros podem preferir uma estrutura de mistério mais tradicional.

A Maldição do Espelho oferece um mistério profundo e intrigante, que se aprofunda na psicologia dos personagens. Com uma abordagem menos acelerada e mais reflexiva, o romance pode não agradar a todos os fãs de Agatha Christie, mas é inegavelmente um exemplo de sua habilidade em explorar os segredos que ela esconde. Este é um livro para quem aprecia o suspense psicológico, com uma investigação que revela muito mais do que aparenta à primeira vista.

Mais uma história da rainha do crime que mostra a sua genialidade em criar personagens e cenários capazes de envolver o leitor na trama de forma maestral.

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#ReadCristie2024

Punição para a inocência é o livro do mês de setembro do desafio Read Christie 2024.

Agatha Christie é conhecida por suas tramas engenhosas e seus personagens icônicos como Hercule Poirot e Miss Marple. No entanto, em Punição para a Inocência, ela nos leva por um caminho diferente. Este livro não conta com um detetive central, e o mistério se desenrola de forma mais introspectiva e psicológica. Isso cria um ritmo mais lento e denso, o que pode frustrar alguns leitores que estão acostumados com investigações mais diretas e com provas materiais. No entanto, para quem aprecia uma trama que explora a psique dos personagens, esse livro é uma verdadeira joia.

A história começa quando o Dr. Arthur Calgary surge com uma prova que pode inocentar Jacko Argyle, condenado pelo assassinato de sua mãe adotiva, Rachel Argyle. Acontece que Jacko já morreu, e a revelação do álibi não só perturba a paz frágil da família, mas também traz uma nova questão: se Jacko não matou, quem matou? O que poderia ser um alívio imediato para a família, na verdade, joga todos os Argyle em um pesadelo de desconfiança, onde qualquer um deles pode ser o verdadeiro assassino.

Para quem busca uma trama de suspense pura e rápida, Punição para a Inocência pode parecer um pouco arrastado. Contudo, para aqueles que apreciam mistérios que se desenrolam lentamente, revelando os complexos interiores dos personagens, o livro é fascinante. Eu, pessoalmente, adoro esse tipo de narrativa, onde o foco está mais nas nuances emocionais e nos conflitos internos do que em perseguições e reviravoltas dramáticas. Christie nos faz pensar sobre as consequências da justiça falha e o peso da culpa, levando o leitor a questionar: o que é realmente a inocência?

É um livro que recomendo para quem quer ir além dos enigmas criminais e se aprofundar nos dramas humanos. E apesar de não termos a presença de Poirot ou Miss Marple, Punição para a Inocência não decepciona em sua capacidade de manter o leitor intrigado até o final.

"Seguindo a Correnteza" é o livro de julho do desafio #ReadCristie2024 e dá inico a leitura dos anos de 1940. Ele foi publicado pela primeira vez em 1948, e traz uma combinação intrigante de aventura, romance e crime.

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Seguindo a Correnteza explora o cenário pós-guerra e como as pessoas foram afetas financeiramente por isso - principalmente a família Cloade.

Algumas semanas depois de se casar com uma jovem viúva, Rosaleen, Gordon Cloade é tragicamente morto em um bombardeio. Ele era o responsável pelo sustento de toda a familia, mas com a sua morte, todos os seus bens são deixados para a noiva. Agora, o irmão de Rosaleen, David, fará de tudo para proibir a jovem de ajudar seus novos parentes que tanto necessitam de dinheiro.

Enquanto o restante da família luta para se reerguer, Rosaleen e David começam a ser chantageados por Enoch Arden, um homem misterioso que alega que o casamento de Rosaleen com Gordon é inválido, pois seu primeiro marido ainda está vivo. É então que Poirot entra na história quando recebe a visita da cunhada do falecido, que afirma ter tido uma grande revelação por meio de espíritos a respeito do paradeiro do primeiro marido de Rosalee. Mas será que espíritos podem enviar recados? Para Poirot, tudo é possível quando se trata de disfarçar um crime.

Este livro explora as características mais clássicas das histórias de Christie, onde dinâmicas familiares complexas surgem e todos se tornam suspeitos quando ocorre um assassinato; e como as mortes podem ou não estar interligadas. O mais fascinante é como a autora consegue nos envolver e nos fazer formular diversas teorias, até nos surpreender com uma resolução inesperada, mas completamente lógica.

Em geral, a obra é bastante interessante e cheia de surpresas. O que me impressionou nesse livro é o contexto pós guerra que Agatha traz para as páginas, algo que deixa a história ainda mais interessante. Além disso, ela nos faz questionar o que realmente provoca um crime. Quais são os estímulos necessários?

#ReadCristhie2024

"Os Crimes ABC" é um romance policial escrito por Agatha Christie e publicado em 1936. A história é protagonizada pelo nosso querido detetive belga Hercule Poirot, que é um personagem famoso nas histórias da rainha do crime por desvendar inúmeros mistérios aparentemente impossíveis de resolver.

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Nessa história, todos são pegos de surpresa ao receberem uma carta prevendo um assassinato. Mas apesar do aviso, todos ignoram seu conteúdo, pois pode se tratar apenas uma brincadeira de mal gosto. E, por que eles deveriam confiar nas informações contidas nessa carta? Qual seria o objeto do assassino com isso?

Mas o mistério se intensifica mesmo quando o primeiro assassinato ocorre exatamente como a carta previu, e para piorar, outra carta surge, sugerindo que os assassinatos seguirão um padrão alfabético.

A carta anônima anuncia um crime em Andover, assinada por "ABC". Logo, a Sra. Ascher, uma comerciante da cidade, é assassinada. Pouco depois, uma nova carta chega, anunciando outro crime, desta vez em Bexhill, onde Betty Barnard é estrangulada. À medida que os assassinatos continuam a seguir a ordem alfabética, a pressão sobre Poirot aumenta.

A estrutura da história é super bem criada por Agatha Christie, assim como em todos os livros da rainha do crime. Ela alterna entre a perspectiva de Pirot e o relato em primeira pessoa do Capitão Hastings, seu melhor amigo. Essa abordagem oferece uma visão detalhada do processo investigativo e da personalidade de Poirot.

Mais um livro com a dupla Poirot e Hastings, uma combinação que funciona muito bem nas histórias de Agatha Christie. Desta vez, eles enfrentam uma série de crimes premeditados. A presença de crimes em série difere esta história das outras da autora, o que torna a história ainda mais envolvente, principalmente para quem já leu algum livro de Agatha Christie.

Sempre genial, Agatha Christie mantém o leitor intrigado com pistas falsas, reviravoltas e um final surpreendente que revela a verdadeira motivação do assassino e a complexidade do plano, algo característica da escrita de Agatha.

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