"ENQUANTO NÃO ACONTECER COMIGO, NÃO É PROBLEMA MEU"
🤝🏻 Parceria @editoraarqueiro
Você já se sentiu invisível? Ou já percebeu alguém ao seu redor que parecia invisível? Invisível, de Eloy Moreno, é um daqueles livros que mexem com a gente de um jeito profundo, trazendo questões delicadas como bullying, isolamento e a luta silenciosa de tantas pessoas ao nosso redor.
A história começa de forma misteriosa: um garoto, do qual o autor não deu um nome, e isso é proposital, pois ele poderia ser qualquer pessoa, está hospitalizado, e logo percebemos que ele acredita ter superpoderes, como ficar invisível. Aos poucos, descobrimos que esses "superpoderes" são uma metáfora criada para sobreviver às humilhações, agressões e rejeições que enfrentou na escola. Ele queria apenas desaparecer, fugir da dor.
O autor apresenta os eventos como um quebra-cabeça que vamos montando ao longo dos capítulos curtos. Conhecemos diversos personagens, cada um com uma parte importante na história, e pouco a pouco tudo se conecta. Essa estrutura foi uma das coisas que mais me prendeu na leitura, porque me sentia cada vez mais curiosa para entender o papel de cada um, e quando tudo faz sentido, é impossível não se emocionar.
Algo muito marcante em Invisível é a forma como o autor aborda o bullying. Não se trata apenas do que a vítima enfrenta, mas também de como o silêncio e a falta de atitude dos que estão ao redor contribuem para o sofrimento.
O livro nos faz repensar nossas próprias atitudes: será que estamos realmente enxergando as pessoas ao nosso redor?
Além do protagonista, também conhecemos personagens secundários que deixam suas marcas, como uma professora que carrega um segredo, e a amiga de infância do menino, que desempenha um papel crucial na trama. Cada detalhe importa, e o autor escreve com sensibilidade para garantir que nada passe despercebido.
É impossível terminar a leitura sem refletir sobre a importância de combater o bullying e acolher quem precisa. Eu terminei com lágrimas nos olhos e a certeza de que esse livro ficará comigo para sempre.
0 comments