"Trauma não se supera, a gente simplesmente aprende a viver com ele."

Escrito pela escritora chilena,, Isabel Allende,, "O Vento Sabe o Meu Nome", aborda a Noite dos Cristais na Áustria, um episódio violento do regime nazista contra os judeus, além da crise de refugiados de 2019 na fronteira dos Estados Unidos.

Separados por décadas e continentes, esses dois acontecimentos são entrelaçados pela autora para nos alertar sobre a propensão das histórias se repetirem, ressaltando a importância da memória histórica.

O livro se inicia com o episódio da Noite dos Cristais em Viena, durante o início da Segunda Guerra Mundial, liderada pelo partido Nazista. Este evento resultou em mortes e destruição para os judeus da cidade, levando os sobreviventes a emigrar para longe das ocupações germânicas.

"O Vento Sabe o Meu Nome" apresenta uma narrativa sobre a forma desumana dos americanos em relação aos imigrantes da América Central e do Sul.

São histórias tocantes sobre perdas, traumas de guerras e recomeços, sendo as de Samuel e Anita as principais, que se entrelaçam por meio de um ponto em comum: um sofrimento ao qual ninguém, especialmente as crianças, está imune. Cada história é inicialmente apresentada de forma independente, mas à medida que a trama se desenrola, elas vão se entrelaçando.

Um livro bastante reflexivo, que nos mostra que as dores estarão sempre conosco, mas que nós aprendemos a viver com elas, além de falar sobre momentos históricos marcantes, da forma genial como Isabel Allende sabe fazer muito bem.

Se você gosta de livros com fatos históricos e, principalmente se você gosta dos livros de Isabel Allende, não pode deixar de conferir essa obra.